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MESTRE BIMBA

MESTRE BIMBA

 

 

 

 

 

 Mestre Bimba

  Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba, foi criador da Luta Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira regional.

  Nascimento: 23 de novembro de 1899 (1900)Salvador, Bahia

  Falecimento: 05 de fevereiro de 1974,Goiânia, Goiás

  Arte marcial: Capoeira

 

Residência: Sítio Coroano  nº 57   - Nordeste de Amaralina

Comercial: Rua Francisco Muniz   Barreto  nº 01 - Pelourinho

Profissão: Professor de Capoeira

Local de Trabalho: Residência

Nº Carteira de Identidade 318.72 -   Instituto Pedro Mello

Altura:1,93

Peso: 89 quilos

Filiação: Luiz Cândido Machado/Maria   Martinha do Bomfim

Documento obtido na Comissão de   Desportos da Aeronáutica no Estado da Guanabara, - 2º simpósio sobre capoeira   realizado na Academia de Força Aérea (AFA) entre os dias 08 e 09/11 /69   sábado e domingo. 

Manoel dos Reis Machado, nasceu na   Periferia do bairro de Brotas, recebeu de “batismo” o nome BIMBA, em decorrência   de uma aposta feita entre a sua mãe e a parteira que dizia ser um menino.

Surge aí o apelido BIMBA!

O primeiro local onde Mestre Bimba   treinou capoeira era  conhecido como  Estrada dos Boiadeiros no   bairro da Liberdade,  seu primeiro mestre foi o Africano Bentinho   capitão da Companhia de  Navegação Baiana.

Mestre Bimba, iniciou a capoeira    aos 12 anos de idade. Seu curso teve a duração de 04 anos e  o método   era a capoeira antiga, esta mesma capoeira ele conseguiu ensinar por 10 anos,   o local das aulas era conhecido como “Clube União em apuros”, no bairro da   Liberdade  (bairro este habitado por pessoas na sua maioria de pele   negra). 

Desta forma a capoeira foi reconhecida   como “Esporte nacional” e o mestre Bimba reconhecido pela Secretaria de   Educação e Assistência Pública  do Estado da Bahia com Professor de   Educação Física e sua academia foi a pioneira no Brasil á ser reconhecida por   Lei.

Uma personalidade da vida   política  e social, que desfrutava sempre se sua companhia, era o   governador da Bahia Dr. Joaquim de Araújo Lima.

No ano de 1929, Manuel dos Reis   Machado com sabedoria exemplar resolveu desenvolver um   estilo diferente da capoeira Angola, fazendo a junção do Batuque com a   capoeira de Angola, surge aí a Capoeira Regional que ano á ano vem sempre   desenvolvendo mudanças  mais eficientes, como forma de luta.

A graduação,  aquela época era   caracterizada por lenços.

Em 1932 fundou sua primeira academia   no bairro do Engenho Velho de Brotas. Oficialmente a primeira academia de   capoeira a ter seu alvará de funcionamento datado de 23 de Junho de 1937.

No mesmo ano, fez á primeira   apresentação do seu trabalho para o interventor general Juraci Magalhães,   onde havia presentes autoridades civis, militares entre outros    convidados ilustres. 

Em 1939, Mestre  Bimba ensinou   capoeira no Quartel do CPOR.

Em 1942 instalou sua segunda academia.

 Em   1953, Mestre Bimba se apresentou para o presidente Getúlio Vargas, este   declarou ser a Capoeira o único esporte verdadeiramente nacional.

 Como a capoeira não era bem vista aos   olhos da sociedade, Mestre Bimba resolveu registrá-la como Centro de Cultura   Física Regional, localizada na Rua Francisco Muniz Barreto. 01 – Pelourinho.

Em 1972, realizou a última formatura   do centro de cultura física regional, nesta formatura o (Mestre Vermelho*)   foi o orador.

Manoel dos Reis Machado, o mestríssimo   Mestre Bimba, é o pai da capoeira regional. Aprendeu capoeira aos 12 anos de   idade, com o mestre africano Bentinho. Já adulto, exerceu funções de destaque   para a cultura baiana. Foi alabê no candomblé, função de zelador do terreiro.   Pelo porte grande e respeito que imprimia, ganhou o apelido de Rei Negro e   era saudado pelo grito de guerra "Bimba é bamba!". Em 1949, o   escritor Monteiro Lobato o conheceu e lhe dedicou o conto Vinte e dois de Marajó, que conta a história de um marinheiro   capoeirista.

a.B e d.B (antes de Bimba e depois de   Bimba). Assim podem ser entendidas as mudanças sofridas pela capoeira no   início de século. Antes de Bimba, a luta era ilegal, passível de punição pelo   Código Penal, discriminada pela burguesia como coisa de malandro, de escravo   fujão. Os capoeiristas sequer sonhavam em sobreviver dessa manifestação   popular.

Bimba rompeu com este ranço. Deixou as   funções de carroçeiro, trapicheiro, carpinteiro, doqueiro, carvoeiro para   abraçar a capoeira e o seu instrumento mais ilustre, o berimbau, hoje   identificado como símbolo da Bahia nos 5 continentes. Porém, no Brasil, só em   1999 a capoeira e o berimbau tiveram seus termos, como ABADÁ E AÚ, INCLUÍDOS   NA EDIÇÃO DO DICIONÁRIO AURÉLIO, LIVRO REFERÊNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA.

 

Se estivesse vivo, Mestre Bimba   completaria 107 anos em novembro último. Morreu aos 74 anos, em Goiânia, sem   presenciar a profissionalização da capoeira que ajudou a criar. "Meu pai   morreu de banzo (tristeza), por não ver a capoeira respeitada", revela o   filho Demerval machado, o Mestre Formiga.

Mestre Bimba acreditava que a capoeira   tinha que se renovar para não ser engolida pelas lutas gringas. A   preocupação, apesar de à primeira vista soar bairrista, tinha razão de ser.   Até hoje, são lutas como o boxe americano e o judô japonês que circulam na   mídia, nas Olimpíadas, lotando estádios e enriquecendo seus atletas,   empresários e patrocinadores.

Lutando incessantemente para que a   capoeira fosse reconhecida como a legítima arte marcial brasileira, Mestre   Bimba criou a Capoeira Regional, jogo que ganhou este batismo pela aversão do   mestre a estrangeirismos, fazendo questão de chamá-la de "Luta Regional   Baiana". A Capoeira Regional é um estilo menos ritualístico do que a   capoeira tradicional, conhecida como angola.

Os golpes introduzidos por Mestre   Bimba facilitavam a defesa pessoal quando do embate com praticantes de outras   lutas, como as artes marciais importadas muito populares no Brasil nas   décadas de 30 e 40. Nessa época, desafiou todas as lutas e consagrou-se como   primeiro capoeirista a vencer uma competição no ringue, quando o público   incentivava com o grito de guerra "Bimba é bamba!".

Centenário - O centenário de Mestre Bimba coincide em mês   com o aniversário de Zumbi dos Palmareslíder   do Quilombo dos Palmares, que deu origem ao Dia Nacional da Consciência   Negra. Essa dupla de negros valentes batizou   o evento Zumbimba, que marcou a inauguração do Centro Educacional Mestre   Bimba (CEMB), dedicado aos estudos da capoeira, com sede em Itaboraí,   interior do Rio de Janeiro.

"Escolhemos um lugar onde há   mato, porque Mestre Bimba gostava de treinar a capoeira de emboscada, técnica   na qual o capoeirista se esconde no mato fechado, e quando Mestre Bimba   tocava seu apito, todos apareciam de seus esconderijos para surpreender o   capoeirista com ponteiras de metal, e este tinha que se desviar dos ataques.   Era praticada pelos escravos para facilitar a fuga", explica Mestre   Camisa, coordenador da Associação Abadá-Capoeira.

CAPOEIRA, A FILOSOFIA DO CORPO

Manoel dos Reis Machado,   Mestre Bimba, como ficou conhecido, foi a liderança mais importante do   secular mundo da capoeira no século 20. Podemos dizer, sem sombra de dúvida,   que o Mestre Bimba foi o criador da moderna capoeira, hoje marca registrada   do Brasil que percorre o mundo todo.

Apesar de tudo, pouco se escreveu de   consistente sobre o Mestre Bimba. Esquecido por uns, denegrido por outros,   seu legado foi fragmentado entre seus diversos alunos, e sua obra parecia   sepultada no silêncio, mesmo dentro do mundo da capoeira.

Por tudo isso, o livro do renomado   professor Muniz Sodré guarda o sabor de resgate que há muito se esperava para   a obra de alguém que dedicou a vida inteira pela "arte brasileira".

Muniz não fala como um antropólogo ou   sociólogo distante. Ele foi aluno em terna idade do Mestre Bimba e pôde   comprovar o carisma e a liderança que Bimba tinha sobre seus alunos. Esta   presença em corpo e alma na história da Capoeira Regional (a grande criação   do Mestre Bimba), faz do depoimento de Muniz um testemunho emocionado e   cativante.

O livro começa com o tardio   reconhecimento do mundo universitário da Bahia, com o título de Doutor   Honoris Causa concedido post   mortem ao Mestre Bimba em 1996, apesar de no   restante da universidade brasileira a capoeira continuar sendo considerada   como "coisa de vagabundo". A partir daí, Muniz navega na grandiosa   trajetória do Mestre Bimba, encimando os capítulos com os versos das cantigas   de capoeira.

No primeiro capítulo, Muniz tenta   identificar a "filosofia do corpo" que se esconde por trás do jogo   da capoeira, traduzindo da forma mais direta possível a complexa rede que se   oculta na arte da mandiga. Na segunda parte, Muniz se volta para a biografia   do Mestre Bimba, mostrando como se confunde com a própria história de   Salvador, e mesmo do negro nas primeiras décadas do pós-Abolição. Muniz   afirma que Bimba e sua Capoeira Regional representaram um dos grandes   momentos de afirmação da nova identidade negra em construção no século 20,   conjuntamente com as Escolas de Samba no Rio de Janeiro e a Frente Negra em   São Paulo. Nada mais justo.

O terceiro capítulo é um recuo no   tempo, uma viagem pela conturbada história da capoeira antiga, com suas   tradições regionalizadas - Rio, Bahia, Recife, São Luís, etc.. - e que   converge para o aparente beco sem saída onde se encontrou no limiar da virada   do século. E é a partir daí que surge a estrela de Mestre Bimba. Muniz é   preciso quando define as variedades de estilos dentro da Capoeira Angola: um   mais remoto, do princípio do século, que foi acusado de "lento e ineficiente"   por Mestre Bimba, e uma outra Angola, esta criada por Mestre Pastinha a   partir dos anos 40, de muitas formas paralela e simétrica a Regional de   Mestre Bimba.

Novamente Muniz tem a coragem de   afirmar o que muitos sabem, mas poucos falam: Mestre Bimba não estava   sozinho, ele respirava o debate intelectual sobre a capoeira que emanava do   Rio de Janeiro, e estava profundamente integrado ao seu tempo. Importante   citar a afirmativa de Muniz de que Mestre Bimba jamais teve um intelectual de   porte capaz de dar crédito no mundo dos letrados, e este teria sido um dos   fatores explicativos do preconceito que se formou contra o Mestre. Em   compensação Bimba foi hábil em conseguir respaldo político, do governador da   Bahia Juraci Magalhães ao presidente Getúlio Vargas, o que colaborou   fortemente para a descriminalização da capoeira em 1934, tributo que em geral   é negado ao Mestre Bimba.

Mestre Bimba foi ainda um dos   responsáveis pela consolidação do berimbau como uma das marcas indeléveis da   arte da mandiga, na atualidade, já que nos idos da capoeiragem velha do   Recôncavo faziam o papel do mestre musical a viola e o pandeiro.

Muniz também toca na face oculta da   personalidade de Mestre Bimba: seu lugar nos mistérios do candomblé. Mestre   Bimba era ogã (encarregado do atabaque) de uma das vertentes da religião dos   orixás mais nebulosas e desconhecidas: o candomblé do caboclo.

O último capítulo é o mais triste,   pois narra a lenta agonia do Mestre Bimba, vítima do descaso e do   preconceito. Mestre Bimba começou a ser esquecido no exato momento em que os   valores da democracia, da liberdade, da cultura e da vontade popular foram   varridos pelo regime dos generais instalado em 1964.

Ele ainda viveu uma década, mas o   desencanto com a Bahia - fruto deste tempo difícil - foi demais para ele. A   ida para Goiânia parecia uma fuga, que afinal terminou com a morte.

Crédito: Carlos   Eugênio Libano Soares (Historiador)

Mesmo depois de sua morte, o berimbau   é hoje o símbolo maior da Bahia, graças às conquistas de Bimba. Ainda no   início do século, uma época em que a capoeira era proibida por lei, ele criou   a primeira escola de capoeira do Brasil e foi recebido por chefes de Estado,   presidentes e governadores. No final da vida, exilado em Goiânia e esquecido   por todos, caiu em depressão e morreu na miséria, enfartando depois de   comandar sua última roda de capoeira. Desde 1978, seus restos mortais estão   em Salvador, sua terra natal, depois de ter sido enterrado como indigente no   estado de Goiás. Deixou 13 filhos, centenas de alunos, milhares de discípulos   e um lema: "Capoeira é a arte do bem-viver!".

Descrente com a falta de apoio e   reconhecimento á sua arte, Mestre Bimba e família aceita o convite do seu   aluno Oswaldo Souza e muda-se definitivamente para Goiás, em busca de uma   sociedade que aceitasse e valorizasse sua arte. Porém suas expectativas foram   nulas e o  Mestre Bimba veio a falecer no dia 05 de Fevereiro de   1974. 

Em 12 de Junho de  1996, a   Universidade Federal da Bahia, concedeu, por unanimidade o título de Doutor   Honoris Causa a Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba). 

Manchete   do jornal TRIBUNA   DA BAHIA em 06/02/1974, um dia após a morte de   Mestre Bimba.

 

 

Quem passar pelo Pelourinho ou pela   Praça Cayru hoje, vai ouvir o som de um berimbau, certamente. Se prestar   atenção, vai notar que o som nunca foi tão triste: Um lamento que se espalha   pelo ar e toma conta da cidade. Umas poucas pessoas trarão dentro de si,   também, um lamento. Muitas, porém, não vão entender o porque da tristeza do   berimbau. É que a grande maioria não sabe quem é e nem o que representou para   a Bahia o homem da foto acima. Outros sabiam, se omitiram durante muito tempo   e a partir de hoje estarão dizendo que ele é uma das glórias eternas da   Bahia.

Baiano, você sabe quem é o homem da   foto acima? Ele morreu ontem em Goiânia e sua mulher não quer que o corpo   seja sepultado na Bahia.

                   A   VERDADEIRA CAPOEIRA
 
  Mestre Pastinha e Mestre Bimba são considerados hoje os maiores nomes da   história da capoeira em todo mundo.
  Vale ressaltar que a capoeira regional gerou uma polemica muito grande no   mundo da capoeira, vez que muitas pessoas entenderam que o Mestre Bimba havia   criado, descaracterizava as tradições da luta.
  Nos anos 30 iniciou-se um debate que temos certeza vai durar por muitos anos   sobre o que é a verdadeira capoeira e que modificações podem ser introduzidas   sem desrespeitar os princípios e tradições da luta.
  Através do Mestre Bimba a capoeira começa a ganhar espaço na sociedade.
  Mestre Bimba ganhou apoio de muita gente inclusive de estudantes   universitários que em muito contribuíram para sistematização de suas idéias e   para a formação de seu método de ensino.
  Em 1932, Mestre Bimba criou a primeira academia de capoeira. 
  (Centro de Cultura Física e Luta Regional da Bahia) ensinou capoeira em   quartéis e chegou á apresentar uma roda de capoeira, para o então Presidente   da República Getulio Vargas , em 1953.
  Obs.: sem dúvida que o governo de Getulio Vargas tinha vários planos para   neutralizar as centrais e sindicatos como forma de controlar os trabalhadores   e descentralizar as centrais sindicais, é neste momento que a capoeira entra   em cena e se firma para toda uma eternidade

Fonte Grupo  Jussara Capoeira

 
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